“Os próprios japoneses não preservam a tradição”, afirma imigrante
Dez da manhã de uma sexta-feira de março. Cinco idosos estão calmamente sentados na biblioteca do Bunkyo – nome dado às instalações da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, sediada no bairro da Liberdade. Enquanto lêem jornais e livros em japonês, podemos observar a quantidade de títulos existentes na biblioteca. As estantes abrigam romances, vídeos, revistas, jornais, mangás. A maioria disponível no idioma nipônico. A sala ampla e bem iluminada conta ainda com grandes mesas de estudo decoradas com pequenas orquídeas ao centro. Curiosamente, os presentes estão sentados em mesas distintas. O silêncio é imprescindível. Aliás, a tranqüilidade característica do povo oriental se personifica entre os visitantes do Bunkyo já na portaria. Sem esquecer que estamos a poucos metros da Radial Leste. O silêncio e o ruído do tráfego convivem em harmonia na região É neste ambiente que conversamos com Tsuyoshi Ishibashi. Responsável pela biblioteca, o simpático senhor que conhe