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Mostrando postagens de 2004

Um shopping popular a céu aberto

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O Largo da Concórdia, localizado no bairro do Brás, abriga um comércio variado de produtos, oferecidos por lojistas e camelôs Centenas de trabalhadores ambulantes, alguns lojistas, milhares de pessoas circulando semanalmente e todos os tipos de produtos. É neste cenário de uma grande miscelânea que se concentra o comércio do Largo da Concórdia no bairro do Brás. Com acesso fácil às estações Brás do Metrô e da CPTM, o largo se tornou num lugar certo para consumidores que procuram produtos variados e com preços bem acessíveis. O comércio da região é tão rico em diversidade que é possível encontrar desde ingredientes para fazer uma boa feijoada, passagens de ônibus para o nordeste e até flores artificiais para arranjos decorativos. É dentro desse grande caldeirão que camelôs e lojistas convivem entre uma fina harmonia e discórdia, onde disputam lealmente os consumidores. Para o lojista paranaense Paulo, 39, que vive em São Paulo há 17 anos, os camelôs atrapalham bastante, tanto

Brás e Mooca em desenvolvimento há 440 anos

O bairro do Brás está localizado junto ao centro de São Paulo e tornou-se a "locomotiva" para a industrialização da cidade No início do século XX, o bairro concentrava cerca de 70% da força de trabalho do setor têxtil, que ainda hoje é sua base econômica, instalada nas cercanias do Largo da Concórdia. A construção da Radial Leste em 1957 separou o bairro em duas regiões: Brás (região ao norte da avenida) e Mooca (região ao sul da avenida). A implantação de duas estações metroviárias (Brás e Bresser) e três estações ferroviárias (Brás, Roosevelt e Mooca) contribuiu para a expansão das alternativas de transporte da região juntamente com as linhas de ônibus que trafegam pela Radial Leste em sentido ao centro e a outros bairros da Zona Leste. Aliás, este corredor sempre sofre com constantes congestionamentos nos horários de pico por ser a principal alternativa de ligação com o Centro, sendo descrito como o principal problema pelos moradores e motoristas. Até hoje, a região mantém

Jornalistas sofrem com "rostinhos bonitinhos" exercendo a profissão

O glamour da área atrai muitos jovens para o Jornalismo, mas a maioria não sabe do poder que está em suas mãos Lígia Maira, 21, é uma estudante de Jornalismo preocupada com o aproveitamento de sua graduação. Escolheu o curso de Comunicação Social principalmente para trabalhar na produção de documentários. Natural de São Paulo, tem o hábito de viajar, freqüentar teatro e cinema em busca de lazer para destacar-se na área jornalística cultural, pois pretende utilizar essas experiências em suas produções futuras. Desempregada há seis meses, deseja trabalhar num veículo de comunicação para "vivenciar e adaptar-se rapidamente ao tão saturado mercado de trabalho". Ela acredita que esta saturação é causada pela desvalorização da profissão pelos próprios jornalistas, passivos diante da informação. A estudante acredita que a mídia hoje só está atrás de fatos de repercusão, de reportagens muito apelativas. Para a estudante, os jornalistas devem ter mais cuidado com o poder de alcance de

PAI: a Anhembi investe em educação

Projeto de alfabetização devolve a esperança dos adultos da comunidade A Universidade e o Colégio Anhembi Morumbi, junto com o Governo do Estado de São Paulo e o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior (SEMESP), criaram o Programa de Alfabetização e Integração (PAI). Coordenado pela professora Maria Salete da Costa, as aulas são ministradas aos sábados pela tarde. O PAI foi iniciado em julho quando os alunos de pedagogia participaram de um curso de capacitação e assumiram turmas de semi-analfabetos inscritos no projeto. No campus Centro, 12 alunos entre 18 e 75 anos que querem prosseguir os estudos são orientados pela professora Sueli Miranda - estudante do curso de Letras - a qual estabelece uma relação de troca de experiências com todos. "A gente esquece os problemas e importa-se com eles (a turma). O trabalho é muito gratificante", comenta emocionada. Entre as conversas, ela analisa as dificuldades dos alunos fundamentada em estudos que